“Histórias à Sombra da Graça”

Por: Wagner Lala

Em meio à sombra de uma árvore em uma praça qualquer, Jesus está sentado num banco de madeira, cercado por crianças de todas as idades e rostos. Algumas sentadas ao seu lado, outras no chão, olhos atentos, corações abertos. Ele sorri com ternura e fala com simplicidade. Não há pressa. Não há distrações. Ali, naquele momento, o tempo parece ter sido suspenso para dar lugar ao sagrado: a partilha da palavra viva.

Essa cena traz à tona uma verdade profunda: o ensinamento de Cristo não está preso aos grandes púlpitos, templos ou discursos elaborados. Ele se revela na roda de conversa, na história que toca a alma, no amor que se transmite pela escuta sincera e pelo olhar que acolhe. O Cristo Mestre nos ensina através da vida. Ele conta histórias não para entreter, mas para transformar. Suas palavras têm o poder de acalmar, despertar e curar.

Jesus escolheu as crianças como ouvintes porque elas carregam algo que o mundo adulto muitas vezes perde: a capacidade de se encantar, de confiar, de se entregar à simplicidade com profundidade. A criança não exige provas — ela sente. E é isso que Ele quer de nós: que nos abramos para sentir a verdade que vem do alto, não apenas com a mente, mas com o coração.

Ao sentar-se num banco de praça para contar histórias, Jesus nos dá uma lição de humildade. Ele, o Filho de Deus, se fez homem entre os homens, e agora se faz próximo em nossa rotina. Ele não exige catedrais — Ele habita onde há amor, onde há escuta, onde há partilha. Cada história que conta é um convite à transformação interior. E Ele continua contando, se ouvirmos com atenção.

Essa imagem também nos lembra do poder de ouvir. Jesus, antes de falar, escutava. E depois, falava ao coração de cada um. A escuta acolhedora é uma das formas mais belas de amar. Muitas vezes, basta um ouvido atento e um coração disposto para mudar o dia de alguém — ou até sua vida inteira.

As histórias de Jesus não ficaram no passado. Elas continuam vivas, recriadas todos os dias nas nossas atitudes, nos nossos gestos, na maneira como tratamos os outros. Cada um de nós pode ser uma extensão da palavra Dele — quando ajudamos, quando perdoamos, quando amamos.

Mensagem final:

Deixe que o Cristo conte a você, hoje, uma nova história. Sente-se com Ele, abra seu coração como uma criança, e ouça a palavra que transforma. Ele ainda fala, Ele ainda ensina, Ele ainda acolhe. Que a simplicidade do banco da praça nos lembre que a verdadeira fé nasce da escuta e floresce no amor partilhado.

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