O Amor como Ponte em um Mundo Dividido

 



Por: Wagner Lala


Em um cenário global cada vez mais marcado pela polarização e pelo embate de ideias, a busca por união e respeito às diferenças parece, por vezes, um ideal distante. Contudo, os ensinamentos de Jesus Cristo, vivificados e ampliados pela Doutrina Espírita, oferecem um caminho claro e perene para superar essas divisões, apontando o amor como a única força capaz de construir pontes onde antes existiam muros.


O Espiritismo, em sua essência, não é apenas um conjunto de princípios filosóficos ou científicos; é, acima de tudo, uma doutrina moral que nos remete à pureza do Evangelho. Jesus nos legou a máxima "Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", um mandamento que transcende dogmas e crenças, convidando-nos à prática diária da benevolência, da indulgência e do perdão. Em um mundo onde a intolerância e o julgamento sumário se tornaram rotina, a mensagem cristã, à luz espírita, nos lembra que somos todos irmãos, filhos do mesmo Criador, em diferentes estágios de evolução.


A polarização que observamos hoje — seja política, social, religiosa ou ideológica — muitas vezes nasce do medo, da ignorância e da dificuldade de compreender o outro. Fechamo-nos em nossas próprias convicções, erguendo barreiras intransponíveis e esquecendo que a diversidade de opiniões é um motor de progresso. O Espiritismo nos ensina que as diferenças são necessárias para o aprimoramento individual e coletivo. Não viemos ao mundo para pensar e sentir da mesma forma, mas para aprender uns com os outros, exercitando a paciência e a caridade em cada interação.


O verdadeiro amor, conforme nos ensina o Evangelho e o Espiritismo, é aquele que se manifesta na ação e na compreensão. Não se trata de concordar com tudo ou de abrir mão das próprias convicções, mas de respeitar o direito do outro de pensar diferente, de buscar o diálogo em vez do confronto e de enxergar, em cada indivíduo, um espírito em evolução, com suas próprias dores, desafios e aprendizados.


Diante de discursos de ódio e de divisões profundas, a resposta espírita é o cultivo da fraternidade. Isso implica em um esforço diário de reforma íntima, de combater em nós mesmos o orgulho, o egoísmo e a vaidade — raízes de toda intolerância. É reconhecer que, por trás das aparências e das divergências superficiais, reside a mesma essência divina em cada ser.


Ao praticarmos o amor incondicional, conforme ensinado por Jesus e elucidado pelo Espiritismo, tornamo-nos agentes de união. Deixamos de lado a necessidade de ter razão para abraçar a causa da paz. O amor é a chave que desarma corações endurecidos, que desfaz preconceitos e que constrói pontes sólidas de entendimento. Ele nos convida a sair de nossa zona de conforto e a estender a mão, independentemente de quem esteja do outro lado.


Mensagem Final: 


Que o amor, a verdadeira força motriz do universo, seja a nossa bússola em tempos de desunião. Que ele nos inspire a construir um mundo mais justo, fraterno e solidário, onde o respeito às diferenças seja a maior prova de nossa evolução espiritual.


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